Causa multifatorial

Policiais com dores nas costas viram alvo de estudo da UFPel

Eficácia do uso do Aplicativo My Safe Back, desenvolvido em parceria entre Esef e Ciência da Computação, será avaliada

Volmer Perez -

Policiais e bombeiros militares, de todo o Rio Grande do Sul, que sofrem de dores na região lombar há mais de três meses viram o centro de um estudo da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal de Pelotas (Esef-UFPel). A fase é de captação de participantes. Todo o trabalho, ao longo de oito semanas, será realizado através de um aplicativo desenvolvido em parceria com o curso de Ciência da Computação. E é, justamente, o que a tese de doutorado irá apurar: a eficácia do uso do App My Safe Back nos desfechos de dor desses profissionais. Se os resultados forem positivos, a ideia é de que as corporações passem a adotá-lo.

Para participar da pesquisa, os servidores devem estar na ativa e na faixa etária entre os 18 e os 60 anos. Não raro, as categorias relatam dores nas costas; motivo que os fazem trabalhar com o desconforto ou, em alguns casos, ter de afastar-se temporariamente das atividades. A prevalência de dor lombar crônica em policiais no Brasil e no mundo tem sido tema na literatura científica. Há conteúdo, inclusive, já demonstrando alguma associação entre dor lombar e carregamento de peso - com o uso dos equipamentos - e muito tempo em pé ou sentado.

No estudo de doutorado do pelotense Eduardo Frio, o olhar não estará restrito aos efeitos do App. Na avaliação clínica inicial, uma série de outros aspectos será analisada para tentar entender o que há por trás das dores. "Acreditamos em um somatório de fatores. Inclusive a qualidade do sono pode influenciar na dor", afirma. E fala com a experiência de quem une conhecimento nas três pontas: o doutorando possui graduação em Educação Física e em Ciência da Computação e é policial rodoviário federal há uma década.

Dois grupos para orientações distintas

Ao integrarem a pesquisa, os profissionais - homens e mulheres - respondem a questionário com perguntas que vão de medidas de intensidade da dor, incapacidade relacionada a essa queixa e qualidade de vida e chegam à escala de ansiedade, depressão e estresse. Qualidade do sono e capacidade para o trabalho também serão avaliadas no levantamento inicial. De forma presencial, no Laboratório de Avaliação Neuromuscular (LabNeuro), na Esef, os policiais irão receber colchonete e faixa elástica, a serem utilizados em exercícios feitos em casa, durante o estudo. Na oportunidade, os servidores ainda passarão por medidas de força e de resistência da região do tronco.

Em um segundo momento, já com login e senha conhecidos, os profissionais descobrirão de qual dos dois grupos irão participar: apenas com mensagens teóricas ou práticas. A escolha será aleatória e definida pelo próprio sistema. "A ideia é não ter supervisão. O aplicativo vai liberando conteúdos semanais e o policial se autogerencia", destaca Eduardo Frio.

Entenda melhor 

Independentemente de fazer parte do grupo que irá ter acesso às mensagens educativas ou aos treinos, um cadeado nas cores verde e vermelho indicará quando é possível clicar e receber novos materiais. A cartilha trará informações, como fatos e causas da dor lombar, repouso ou exercícios ativos e quando procurar o médico. Já quem for participar dos treinamentos - para fortalecimento da região central do corpo - também receberá conteúdo progressivo, ao longo de oito semanas, com todas as instruções sobre número de repetições e duração, com apoio de um áudio com descrições.

"Ao final, todos os participantes terão acesso ao treinamento físico", enfatiza o doutorando. Uma avaliação final também está prevista, mas não para por aí. Duas semanas depois deste segundo encontro presencial, o estudo irá verificar - de forma remota -se os profissionais mantêm o uso do My Safe Back.

Participe! 

* Se você é policial da ativa da:
- Polícia Federal
- Polícia Rodoviária Federal
- Brigada Militar
- Polícia Civil
- Ou Bombeiro Militar

* E tem:
- Entre 18 e 60 anos de idade
- Dores (persistentes) na região da lombar há mais de três meses

* Doutorando: Eduardo Frio
* Orientação: professora da Esef, Cristine Lima Alberton
* Co-orientação: professor da Esef, Fabrício Del Vecchio e Tiago Primo, do Centro de Engenharias

Faça contato! 

Telefones: (51) 99608-3582 e (53) 98143-4610
e-mail: [email protected]

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